terça-feira, 22 de março de 2011

Delírio



Na noite sem fim
Pego-me em meio a deliciosos pesadelos
Minha mão em meio ao delírio
Procura deliciosamente minha roupa íntima
A imaginação rompe a barreira da luz
Realidades alternativas
Os lençóis parecem mais apertados
Meu sexo seguro em minhas mãos famintas
O suor salgado projeta-se na pele
Pele lambida por ti em meus projetos mentais
Minha mão descobre o ponto de ebulição
Todo o meu ser estremece
E meu fabuloso pesadelo sem fim também
“Não pare... Estou quase lá”.
Minha voz ecoa
É possível ouvi-la...
Gritos, gemidos ensurdecedores.
Saborosas carícias

Sufoco-me em meio aos lençóis
Delírios sensuais
E tuas mãos dançam em meu sexo
Junto da tua boca
E nada mais existe
Senão meu surto mental
E minhas mãos em meio aos lençóis
Agarram a mim mesmo como se fosse tu
Cada vez mais rápido
Impossível parar
Projeta-se um relógio sobre você
E excita-me seu tique-taque
Suor na noite
Mãos e bocas
Frenesi acelerado
Corpos colados em viagens astrais
E O GOZO!
Cobras, escorpiões, todos ao mesmo tempo.
Sinto minhas mãos acelerarem
No mesmo ritmo que meu grito ecoa na noite
Oh delicioso pesadelo...
Tuas mãos e tua boca me soltam
Olho-me em meio a lençóis vazios
Meu sexo em minhas mãos
Os lençóis me apertando, o suor escorrendo.
O cansaço corporal
Porém sozinho...
Até conhecer você.


*Luckas Oriah

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ontem


Em um mundo paradoxo de cores

Viajo em um aroma de fruta cítricas

Vejo uma conspiração pelas uvas e os morangos,

Pobre dos morangos apodrecendo no sol do dia de ontem.

Logo a voz da duvida, vagando pela paradoxa conspiração das uvas...

E o sexo aonde entra?

Pelas paredes dos manicômios ouvi sussurros e gemidos

Os pobres morangos esquecidos no sol.

Na noite, fervilham intenções, intenções, pobres morangos...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sob os Sentidos


Sob meus pés encontro lama; pesam meu caminhar,

Sob meus olhos densa escuridão; cansam ao olhar,

Os meus ouvidos estão surdos de gritos vazios; doem de ouvir,

Minhas mãos queimadas com o sofrimento; suplicam por acalento,

A minha voz sussurra por amor, rouca de suportar.

Os meus sentidos pedem clemência! Despojo-me da ira que sofro por

Ver, ouvir, por sentir...

Despojo-me do ópio, da tua irá e chama-me luz do caminho aclamado!

Coloco-me como tua espada, que seja teu instrumento, suportando, e suportando...

Que minha armadura seja teu amor, e minha arma a esperança,

Coloca-me como tua espada,

Limpando a lama do caminho da vitória,

Varrendo a escuridão que permeava teus sonhos,

Acalmando os gritos que pedem por teu auxílio,

Dando o balsamo as suas feridas,

Fazendo teu amor a força para suportar, força para aprender a amar...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Conexão.



Entre estrelas faiscantes esqueço do meu eu

E viajo no nada dos interstícios da alma humana.

No vácuo do universo encontro uma gota de esperança muda

Que timbre na batida do sentir.

Só saberei se a falha foi necessária quando no abismo eu cair

E encontrar a minha verdade, e ainda sim acreditar na minha verdade

Fazer eu ser a minha verdade, fazer ser a minha alma uma realidade.

Eu abortei o meu senso de moral e agora tenho um buraco no útero da minha consciência

Deixo vazio para uma nova fecundação neutra, pois no neutro esta a vida real

Comendo as bordas da sabedoria para um dia entender o tudo do ser completo

Ser o real é ser o irreal, saber o que se é, é tão in-substâncial quanto viver na realidade!


Diogo França...

sábado, 5 de setembro de 2009

Inspiração...


Me tomas agora uma torrente de emoções
Um olhar fulgorozamente me enaltece de paixão
E o ar que respiro enche-me os pulmões, dando-me nova vida.

O som que exalo é de brandura
O gosto doce, excreta o lindo tanger do meu ‘ser’

Entre cores e luzes vejo as estrelas nuas de esplendor
E mais uma vez volto-me as passionais emoções
Fervilhando torpor de um desejo acalentado, secreto, omisso.

Diogo Franca.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Café da manhã




Hoje terei um momento verborrágico...

Vomitarei o que está engasgado por tempos e tempos...

Mudando um pouco de discurso, e como poderia dizer, mudando a mim mesmo.

Acordei hoje pensando sobre a hipocrisia, entre tantas outras coisas que pretendo ou pretendia falar, nossas pessoas hoje se encontram tão hipócritas sem perceberem o próprio nariz! Ocorreu-me um caso ontem [que prefiro deixa-lo em OFF, por motivos éticos], que fiquei estupefato! Como as pessoas agem falsamente, dizendo-se ter uma conduta arbitrariamente diferente! É pavoroso... tentando expressar um “ser verdadeiro”, e muitos ao terem uma primeira vista, segunda não o percebem, bom eu me dei conta disso a algum tempo, mas por ser um tanto “pacifico” nunca comentei.

Bom aonde quero chegar é que, pessoas usam de hipocrisia mais do que se possa imaginar e não se dão conta, até muitas vezes ojerizando ao fato, bom ai é que eu fico um pouco, ou porque não dizer totalmente, desnorteado! Não falo aqui do caso em especifico, mas ele me fez pensar ontem. Nossa cidade por exemplo, eu por ser uma pessoa “diferente”, e quem ler isso vai entender, o povo me trata como se nada estivesse acontecido ou como se eu nunca contasse sobre o que sou, e mesmo assim me tratam maravilhosamente bem, bom até ai tudo bem quem não gosta de ser tratado bem não é verdade?! Mas fato é que, gente vão ter um pouco de vergonha na cara e ser mais verdadeiros! falar e agir ao que condiz com o que pensamos, e deixar de lado um pouco o costume ou a cultura de colocar panos quentes em tudo e todos... a verdade em certos casos pode doer mas é uma dor que cura, afinal não dizem por ai que a verdade cura?

Então vejo dentro da minha casa, por um lado iam e vinham os panos abafando e por outro bofetões e estigmas aos mesmos personagens que vivem o que eu vivencio, bom hipocrisia dentro de casa, você vê tenta mudar mas só com algumas doloridas ceifadas se consegue extermina - lá.

Então vamos ser mais verdadeiros ou tentar pelo menos a não agir contraditoriamente com o que ‘pregamos’ aos outros e vivenciar o que somos realmente, sem andar de mãos dadas com nossa colega hipocrisia...

Como minha mente confusa e anormal, vomitei um pouquinho do que penso...


Diogo França e uma mente normalmente anormal.

terça-feira, 21 de julho de 2009

In – completo



Oh doce brisa que traz o aroma das chuvas

Em ti entorpeço-me o sabor delicado de teus beijos


Um calor semi-nú me arrebata os sentidos, como se congelasse meus pensamentos

Perdendo a sobriedade caio em teus delírios mais vividos

Dançando pela chuva em devaneios da memória a quase esquecida.


Saboreio a polpa da terra úmida

Ouvindo o som primordial da vida

Exalo suaves composições de dor.


E a primeira gota de chuva ao molhar a face rubra

Me faz in-completo!


Diogo frança*

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Despedida


Quando saber a hora de dizer Adeus?
Um ato simples...

Quando o coração esgana o grito
A razão abraça o medo...
Esta é a coisa que resta, o medo!

Ó doce abraço...
Que levas meu último raio de esperança!
O quanto ainda lamentarei?

É frágil o coração que bate por dizer Adeus

É firme a certeza de dizê-lo...

Temeroso é o ato, já concretizado pela razão.
Saudoso é o coração que guarda a lembrança,
Jamais esquecida por um único gesto...

O Adeus.


Diogo frança ...

domingo, 14 de junho de 2009

Canela


Caminharei em uma noite fria

Em tiras do passado escrito em fios negros

Sentindo o sopro gelado do vento, dizer-me para aonde ir


Esqueça-te da última carta rabiscada

Joga o toco de cigarro no chão, pensando no que foi junto

E a magoa esvaecida nas cinzas do sabor tórrido.


Em um buraco dança a louca e vivida paixão

Em vermelho carmim

E caminhando ainda pela noite fria

Estarei eu solitário


Com gosto de canela levado aos lábios,

A respiração entorpecida

E o coração uma lembrança.


E ainda assim caminharei solitário em uma noite fria.


(( Diogo França ))

terça-feira, 9 de junho de 2009

Reflexo de mim?!


O que é o ser se não o existir?
Bom, o ser sou eu que logo existo.

E o existo? Não sou eu quem é?

Quando paro e penso no que sou lembro-me
Da janela na manhã de inverno

Ou na brisa de verão, que move sem saber como move-se


Quanto existo exalo a expressão do ator
Do sorriso exuberante da moça apaixonada
Ou ainda! Do primeiro beijo de infância...


Se logo existo sei quem sou
Ao saber quem sou existo
Existindo o que farei ó Deus?

E ai? O que sobrou?


| Diogo França |