domingo, 14 de junho de 2009

Canela


Caminharei em uma noite fria

Em tiras do passado escrito em fios negros

Sentindo o sopro gelado do vento, dizer-me para aonde ir


Esqueça-te da última carta rabiscada

Joga o toco de cigarro no chão, pensando no que foi junto

E a magoa esvaecida nas cinzas do sabor tórrido.


Em um buraco dança a louca e vivida paixão

Em vermelho carmim

E caminhando ainda pela noite fria

Estarei eu solitário


Com gosto de canela levado aos lábios,

A respiração entorpecida

E o coração uma lembrança.


E ainda assim caminharei solitário em uma noite fria.


(( Diogo França ))

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