segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sob os Sentidos


Sob meus pés encontro lama; pesam meu caminhar,

Sob meus olhos densa escuridão; cansam ao olhar,

Os meus ouvidos estão surdos de gritos vazios; doem de ouvir,

Minhas mãos queimadas com o sofrimento; suplicam por acalento,

A minha voz sussurra por amor, rouca de suportar.

Os meus sentidos pedem clemência! Despojo-me da ira que sofro por

Ver, ouvir, por sentir...

Despojo-me do ópio, da tua irá e chama-me luz do caminho aclamado!

Coloco-me como tua espada, que seja teu instrumento, suportando, e suportando...

Que minha armadura seja teu amor, e minha arma a esperança,

Coloca-me como tua espada,

Limpando a lama do caminho da vitória,

Varrendo a escuridão que permeava teus sonhos,

Acalmando os gritos que pedem por teu auxílio,

Dando o balsamo as suas feridas,

Fazendo teu amor a força para suportar, força para aprender a amar...

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