Caminharei em uma noite fria
Em tiras do passado escrito em fios negros
Sentindo o sopro gelado do vento, dizer-me para aonde ir
Esqueça-te da última carta rabiscada
Joga o toco de cigarro no chão, pensando no que foi junto
E a magoa esvaecida nas cinzas do sabor tórrido.
Em um buraco dança a louca e vivida paixão
Em vermelho carmim
E caminhando ainda pela noite fria
Estarei eu solitário
Com gosto de canela levado aos lábios,
A respiração entorpecida
E o coração uma lembrança.
E ainda assim caminharei solitário em uma noite fria.
(( Diogo França ))