domingo, 3 de agosto de 2008

Só por dizer


Por que um vazio me consome?
Não há crime maior que o temor de si mesmo?

Estou em tão brancas nuvens, mas mesmo assim,
Vejo-me em tormentas.

Sofro sem ter a ferida aberta
Mas mesmo assim ela dói
Dói como que, me arrancasse a fúria do viver!

Corro do que mais temo
E temo correr tanto

De pés descalços ando em lamaçais
Desprotegido do ti, sujo-me
E a vingança do meu ser vive a me espreitar

E continuo de pés sujos. . . Esperando você



Diogo França.

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