terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Um texto sobre a morte. . .


Morte, algo tão simples e comum que o ser humano ainda não entendeu. A pergunta é, quando começou a temê-la, se é um fato da vida!

Lidamos com esse fato todos os dias – ou ainda lidaremos com este fato em nossa vida profissional. Mas me pergunto como um fato tão simples pôde se tornar tão complexo ao passar dos tempos. Quando o homem era macaco (supondo a teoria evolucianria) a morte era apenas o fim, e ponto, mas com o passar dos tempos e a evolução começamos a criar vínculos, afetos, nos tornamos conscientes e começamos a pensar, e esse “pensar” trouxe a pergunta, para onde vamos?!

Um atenuante da morte é uma pessoa bem instruída espiritualmente indiferente de religião ou filosofia de vida. Assim como a autora refere, a espiritualidade pode ajudar muito um paciente em seus últimos dias e ajudar o profissional como conversar e ajuda-lo nesse momento tão difícil e até atenuar a dor de familiares e do próprio paciente.
Na espiritualidade encontramos a esperança de uma vida além morte, de que a morte, é apenas uma passagem para uma vida melhor, assim nos traz a esperança de que, a morte não é uma coisa tão sombria e triste, ou solitária! Em minha opinião a morte mais assusta por que não sabemos se estamos sozinhos ou não, sempre vivendo em grupo ou em sociedade o homem teme esse sentimento, a solidão, e a fé de ter um mundo depois da morte traz esse alivio de morrer e saber “teoricamente” para onde iremos.

Uma das funções da enfermagem também é de assistência psicológica com o paciente, conversando e instruindo ele, e como poderei instruí-lo na questão morte se eu mesmo desconheço ou não tenho apoio espiritual? Um das coisas que poderia atenuar o sofrimento fazer com que o paciente procure apoio espiritual.

Aprendemos a humanizar os hospitais tratar as pessoas com igualdade e sempre ajudar salientando o bem estar físico e psicológico, para o prolongamento da vida, mas quando saberemos se o real chamado da natureza chegou e estamos estendendo algo inevitável? Esse seria o caso citado no livro da doação de órgãos, quando um individuo está em coma ou morte encefálica e ainda assim insistimos em tratá-lo com o prolongamento da vida, será que não seria a hora de deixar a natureza fazer o seu trabalho e nós deixarmos o individuo partir? Ai esta uma pergunta sem resposta, teremos mesmo o poder de decidir quando devemos prolongar uma vida sem saber se ele mesmo tem forças para continuar? Ou saberemos se continuarmos o tratamento esse individuo apresentará uma resposta positiva e restabelecerá seus sentidos, não ai esta uma duvida que em muitos casos esse individuo que esta sendo prolongada sua existência sem um resultado efetivo poderia estar ajudando outras pessoas com seus órgãos e desocupando um leito e trabalho profissional que poderia ajudar outra pessoa. Sim essa visão pode ser um tanto quanto egoísta em certos pontos de vista, mas é a nossa realidade, não podemos estender uma vida que não tem mais chances, para perder dois ou três que poderiam ser ajudados, uma fato triste, não possuímos infra-estrutura para acomodar todos e disponibilizar atendimento profissional, esses indivíduos com “vida vegetativa” que em certos casos poderiam voltar a uma vida normal e em outros jamais voltariam é uma incógnita pois nunca saberemos, se fosse continuado o tratamento o individuo voltaria seu estado normal ou morreria, isso depende de vários fatores, médicos, fisiológicos do individuo em si, entre outros. Em fim a vida apenas segue seu curso natural a morte.

Uma forma de lidar com a morte é compreendendo-a, é apenas mais um processo natural e temos que aprender a lidar com ela, afinal a morte ensina, vivemos temendo a morte por que tememos a solidão e quando falamos de morte nos vem o vazio, o escuro, o sozinho, e na verdade a morte não deveria ser tão temida é apenas mais um processo fisiológico e natural.


[[Uma Resenha critica do texto - A morte, o tempo e o cuidar]]

por

††Diogo França††

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Frustrações. . .


Todos vivem isso é algo inerente ao ser humano!
E por que ainda não sabemos lidar com elas?

Por muito tempo me perguntei sobre isso
Por quê?
Tantos por quês em nossas vidas
Que ficamos desnorteados sem um rumo certo
Sem saber a quem recorrer ou a quem recorrer
E adianta? Adianta pedir ajuda?

As frustrações são coisas, atos, ou escolhas
Que nós mesmos decidimos e,
E ainda que tente fugir dela não há fuga ou escuro
Suficiente que te proteja!

Existe sim ela está ai todos os dias para mostrar para que,
E por que estamos aqui, para que vivemos, por que vivemos!
Uma resposta simples e direta:
Aprender!

Precisamos passar por frustrações para poder se dar conta
Por que estamos aqui. Ela nos mostra que somos capazes de vencê-la!
Vence-la é um objetivo a se alcançar, e quando superarmos as frustrações
Saberemos que estamos livres, livres para aprender sem medo, viver
Sem receios e ter a coragem de seguir sem temer o desconhecido!




†Diogo França†

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vida salgada


Corra antes que a língua maldita queime sua cara
Atire a primeira pedra quem ainda não fui queimado
As cinzas lembram o passado em chamas

Vidas manchadas com o cinza da vergonha
Vividas por hipocrisias malditas que sujam a língua e queima quem chega ao sal

Louca e confusa fala que deixa tantos vazios
Belos buracos ocos sem sal sem graça
Deixados pela chama da fala

Fala, fala tu que viveste menos que eu!
Fala para não te queimar e salgar tua fútil vida
Sem sal, sem graça, sem vida!

Ali e aqui sua vida queima com a própria hipocrisia
Da fala que queimou sem motivo muitos,
Sem motivo sem razão sem prazer
Sem esquecer de quem tu mesmo eras
De quem ele mesmo era ou do que tu mesmo serás

Fala vazia
Vida sem graça
Usa o sal pra queimar
E com sal se queima

Deixa teu sal e não queima
Outro com ele. . .



†Diogo França†

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Procura . . .


As gotas dessas lágrimas são
Para mostrar como estou vivo
E como você me feriu por dentro
Mas chega hoje foi o último dia
Que deixei-las caírem por alguém que não ás merece

Mesmo deixando de derrama-lás por você
Não consigo esquecer seus fantasmas.
Eles me atormentam dia e noite, noite e dia!

Só mais desta vez deixei-me iludir por seus fantasmas
Agora deixo enterrado em tumba fétida e podre
Sua lembrança vaga que um dia me fez chorar.

Agora minha vida tornou-se podre
Com sua tumba sepultei
Meus mais belos sentimentos

Tentando encontrar entre carnes podres
Você que um dia tanto desejei. . .


††Diogo França††